quinta-feira, 11 de junho de 2009

Braxília na mídia III - dando nome aos bois

O artista plástico Allan de Lana, que fez a direção de arte do Braxília ao lado de Rodrigo Paglieri, é o entrevistado do mês da revista de arte "dando nome aos bois", projeto dos também artistas plásticos Matias Monteiro e Luciana Paiva. Na entrevista, ele fala do processo de realização do filme. Reproduzo aqui o trecho, mas vale a pena visitar o blog, que é um espaço interessantíssimo para as artes visuais em Brasília. A entrevista foi feita por Matias Monteiro.

DNB- Atualmente você está trabalhando com direção de arte no documentário Braxília de Danyella Proença; como está acontecendo essa passagem da produção de audiovisual no contexto das artes visuais e o cinema?

Allan- Tá massa... Tá bem bacana [sic]. Eu e o Rodrigo Paglieri estamos fazendo a direção de arte. É um documentário, o que é bem diferente do que eu já havia feito com as animações. Mas nesse caso a Dany desenvolveu o projeto com uma preocupação grande de fazer escolhas que não refletissem um modelo de documentário... chato – como passo-a-passo. Ela tentou pensar toda a questão do documentário a partir do fato de a poesia do Nicolas [Behr] ter uma relação com o espaço de Brasília. Não só uma relação do poeta, mas da poesia. Então é um documentário muito mais próximo da poesia, para a questão da linguagem, de “como” fazer, buscando evitar os clichês e de uma forma coerente com a poesia do Nicolas Behr. Então se tornou um pensamento sobre a poesia, e especificamente sobre a poesia dele. E o que é mais bacana nesse documentário é que ele traz uma figura que viveu um período de produção poética intensa, e a forma como essa produção surgia não era editorial, mas por vezes de forma mambembe, como intervenção poética. Havia uma reprodução caseira dos textos, na qual os próprios poetas dominavam todo o processo de editoração: faziam a impressão no mimeógrafo, recortavam as páginas, grampeavam e vendiam - dominando assim toda a cadeia produtiva. Acho que isso reflete um momento muito poético forte, apesar de ser um momento de muita repressão. Acho que foi uma escolha bacana da Dany...

DNB- E essa escolha de trazer o processo poético para o primeiro plano, compondo quase uma biografia da obra, parece ter relação com o seu processo de trazer os bastidores para frente... deve ter sido interessante nesse aspecto...

Allan- É, tem partes interessantes que são completamente imaginadas. O Nicolas é muito criativo, tem idéias o tempo todo... e essas inquietações dele nos levou a propor cenas imaginárias. Está sendo uma experiência boa.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Braxília na mídia II - Blog do Turiba

Quinta-feira, 14 de Maio de 2009

POESIA DE NICOLAS BEHR CHEGA AO CINEMA
POETA Nº1 DE BRASÍLIA É FILMADO REINVENTANDO A CIDADE

Braxilia. Este é o título do curta metragem que a diretora Danyella Proença começou a filmar este fim de semana sobre a poética de Nicolas Behr. O filme será apresentado no próximo Festival de Cinema de Brasília, o Festival dos 50 anos da capital.As tomadas de ontem à noite no Beirute (14.05) mobilizaram muitos poetas e artistas da cidade, entre eles o cantor e compositor Renato Matos, os compositores Clodo e Climério, as poetas Noélia e Amneres e o artista plástico Gougon. Foi tudo uma grande festa e a cena onde todos brindavam a obra de Behr foi filmada e refilmada por inúmeras vezes. A cada subida e encontro dos copos, todos gritavam em alto de bom som: PUTA QUE PARIU!!!!!!!!
Postado por luis turiba às 20:38

(Para ler mais textos do Turiba, poeta que faz parte dessa Brasília pulsante e possível, visitem www.blogdoturiba.blogspot.com. O link exato do post sobre o filme está aqui)

Braxília na mídia I - Correio Braziliense

14 de maio de 2009

Nahima Maciel

“Há quatro anos, o poeta Nicolas Behr encontrou uma caixa de negativos em preto-e-branco num canto de casa. Dentro dele repousavam cerca de 800 imagens. Behr decidiu ampliar para ver o que acontecia. Assim aconteceu Beije-me, o livro-álbum que poeta lançou ontem, e no qual reuniu fotografias dos cenários e personagens de sua juventude. A Brasília de Beije-me é uma capital de gramados ocupados, muros pichados com reivindicações ideológicas em tempos de repressão militar e de reuniões de poetas e artistas marginais. “É o livro-álbum da minha juventude em Brasília no fim dos anos 1970 para 1980. É um livro passadista, saudosista, de uma cidade que não existe mais. Ali tem imagens de uma Brasília bem orgânica. Não tem ministérios nem três poderes”, avisa o poeta, tema do documentário Braxília, da diretora Danyella Proença, que começou a ser rodado hoje.”